sábado, 31 de maio de 2008

PESQUISA ABORDA RELAÇÃO DE MÃES COM CRIANÇAS DO CORO

Mães e filhos respondem sobre o nível de autoridade doméstica, afeto, interesses comuns e excessos na disciplina.






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Hoje são 37 crianças cuja faixa etária e a estatura, este ano diminuíram bastante. Os novos participantes do Coro dos Pequenos Cantores de Jaraguá em 2008 são, na maioria, muito pequenos. Um número bem menor conseguiu compatibilizar o horário escolar com o dos ensaios. O coro se renovou.
A Coordenadoria de Ação Cultural e Social já havia feito uma pesquisa semelhante em 2005 e agora resolveu tratar o assunto novamente. A preocupação continua sendo a relação afetiva das crianças com seus familiares e os reflexos no comportamento social do grupo.
Desta vez a pesquisa foi direta em reuniões separadas mães e filhos. O universo pesquisado foram as 22 mães e 26 crianças. O comportamento foi o primeiro item abordado. 92% das crianças se acham bem comportadas. As mães se dividem, apenas 50% concordam. As crianças afirmam que ninguém responde mal aos pais, mas as mães insistem que 22% fazem isso e 18% ainda tratam outros adultos assim. Na hora das palmadas mães e filhos empataram e mais ainda concordaram que já foram pro castigo para não apanharem. 27% das mães dizem que cabe ao pai a tarefa de aplicar o castigo e 14% das crianças concordaram que o pai é a autoridade em casa. Não houve uma só mãe que nunca tenha dado umas palmadas no filho, mesmo assim 12% disseram que nunca apanharam. Mas foi na hora do excesso de castigo que as mães foram bem sinceras, 60% já puniram demais, até de deixar marcas. As crianças, apenas 38% confirmaram isso. Porém, por uma raiva pessoal, sem ser do filho 23% das crianças disseram que já apanharam, apesar das mães confirmarem apenas 10%. No entanto um detalhe chamou a atenção 100% das mães declararam que conversam com os filhos e eles em 96% confirmaram. Como também confirmaram que a mãe ou pai os ouvem. Um detalhe também interessante é que eles dizem em 96% que os pais conhecem seus amiguinhos. Os pais que confirmam são apenas 54%. E 60% ratificam que sabem com quem os filhos andam, embora eles digam que 81% sabem.
A disciplina, esta foi bastante delineada. Horário para chegar em casa 82% dos pais exigem e mais 100% deles marcam a hora em que devem dormir. Para as crianças tanto um item como o outro chegou apenas a 70% dos pais. A televisão tem aqueles que chegam e antes do dever de casa 23% vão direto, assim dizem as mães. Eles discordam e dizem que o número é bem maior – 46%. É aí que vem o grau de interesse dos pais pelo estudo dos filhos. 100% das mães segundo eles vão para as reuniões e conversam com os professores. As mães não atestam estes números dizem que 81% vão para as reuniões de 85% conversam com os professores.
E na hora da afetividade entre pais e filhos, 95% já perguntaram se as mães gostavam deles e o mesmo percentual de mãe já declararam que amam seus filhos. As mães têm dúvida se disseram isso realmente, apenas 77% declaram já ter ouvido seu filho perguntar e 88% já declararam seu amor ao filho. Sobre algum medo que crianças possam ter em particular, as mães mostraram que realmente os conhecem, o percentual empatou 69%. E sobre o grau de felicidade de cada um também, 100% felizes e as mães concordaram. Sobre outros afetos fora do lar paterno as mães conheciam 55%, mas os filhos declararam que o número é maior 85% de outras pessoas as quais as crianças se apegam e têm estima, além dos de sua casa.
A pesquisa foi considerada bastante válida no aspecto dos resultados concordantes entre as duas partes: pais e filhos. Não ficou evidenciado desinteresse ou desleixo, na educação dos filhos, nem na disciplina, tampouco casos de violência ou maus-tratos contra as crianças. Ao contrário, um exemplo de que a felicidade, declarada por ambas as partes reflete uma relação de mais intimidade, mais afeto, mais interesse da família pelos filhos e não apenas pelas questões materiais, como muitas vezes imaginamos.

sábado, 3 de maio de 2008